A cadência, o ritmo – ora veloz, ora suave – a habilidade com a bola… Futebol arte! A emoção, o drible com o solfejo da malandragem brasileira. A respiração suspensa, o gol como um aplauso. Uma explosão de alegria e criatividade! Assim, a música e o futebol se irmanam e se misturam entre si. Tão diferentes, mas tão iguais…
      Sendo compatíveis entre si, a bola e o violão partilharam espaço na vida de Ita Arnold. Desde muito jovem, ele exercitou tanto o futebol quanto a música. Examinando seus registros, nos deparamos com Ita exercitando com maestria o esporte mais popular do mundo, jogando profissionalmente no Grêmio Esportivo e Recreativo 14 de Julho de Passo Fundo. A simpática cor vermelha que o próprio 14 de Julho tinha, provavelmente, ainda influenciou Ita a ser torcedor do glorioso Internacional de Porto Alegre.
      Segundo dizem lá pelos lados do Planalto Médio Gaúcho, o rapaz jogava muito bem! Jogou futebol dos 17 aos 20 anos, somando três anos de muita dedicação e seriedade na prática do esporte bretão. Centro médio ou meia esquerda de ofício, integrou por dois anos a equipe juvenil do 14 de Julho e, com muito orgulho, formava o trio de meio campo: China, Ita e Quita. No terceiro ano, subiu para o time profissional, onde jogou por mais um ano, chegando a disputar o campeonato estadual da primeira divisão em 1979.
      No momento oportuno o jogador virou boleiro. Contudo, a arte futebolística segue inspirando a arte musical nas criações e melodias da vida!

Rosane Arostegui, Alexandre Florez e Ita Arnold