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Dialética-metaphísica na psique

Ita Arnold

Compositor, violonista, cantor e filósofo de sarjeta com formação autodidata

Nascido em 12/06/1959

Em Passo Fundo/Rio Grande do Sul/Brasil

 

HUMANO! ANIMAL DIALÉTICO-METAPHÍSICO

      Os seres humanos são animais inteligentes, racionais e criativos, que habitam a via-láctea do universo, herdando a diversidade da evolução da espécie em sua gradual essência natural. O humano necessita da liberdade inteligível, racional e criativa, dando vazão a instintos, onde, através da psique, explora o consciente e o inconsciente, se diferenciando do resto dos animais. Ele, o humano, fumegando a razão da consciência, eleva a palavra à filologia da comunicação humana. No entanto, no contraponto da tese e da antítese, o humano se digladia na síntese, cuspindo sangue pela madrugada, rugindo idéias fantasiosas e místicas, que a própria metaphísica exala na sua metáfora da vida.
      Ao habitar esta fervorosa inquietação da vida, nos instigamos, arrebatamo-nos, causando fuselagem nas antíteses do barroco. O amor o ódio, o belo o feio, o sim o não, o tudo o nada, a vida a morte, visam atingir uma satisfação, um sonho, um instinto avassalador, elevando o desejo à fornicação do corpo e da alma, para perpetuação da própria espécie.

      Neste fumegar dialético-metaphísico, nós humanos, maravilhosos, cibernéticos, patológicos, fundamentalistas, trazemos uma depressão universal, uma miséria sem precedentes, onde o centro de tudo é o humano… “Humano! Animal Dialético-Metaphísico”, que dita as metáforas do materialismo-quântico.
      Este preceito nos leva a crer que quem criou os muitos Deuses e suas religiões foi o próprio ser humano. Criou isso por não compreender os mistérios do universo, a complexidade da vida, o medo da morte, a opressão e a exploração da luta de classes. Neste angustiante turbilhão, que vem desde meados do mundo antigo, o stress cotidiano traduziu o simbólico continente do mundo moderno, escondido nos turbilhões da psique e do corpo humano.
      Neste contexto nasceram os Deuses! Este fenômeno de massa, com sua metáfora ideológica na complexidade da diversidade, irmanada à política e a economia, no vício da corrupção, na violência e no fundamentalismo, transportou os sentidos da psique para os céus da metaphísica, trazendo à tona a frustração dos instintos sexuais e criativos do inconsciente, assombrando o próprio universo dialético-metaphísico.

      No tecer universal da falta de sentidos, o ópio é a saída para as massas, aniquilando o poder criativo e intelectual dos povos. No vasto Império Romano, os gladiadores foram o supremo ópio do povo. A religião por vários séculos foi o dilacerante ópio do povo, estendendo seus tentáculos até meados do século XIX.
      Na contemporaneidade do século XXI, multiplicamos nossos ópios, criando uma diversidade de ilusões para a alma humana. A informação e o entretenimento dos meios de comunicação tornam o humano bárbaro e medíocre, hipnotizando as massas e alienando nosso desenvolvimento intectual. A pulsão do consumismo, nos vários sentidos da vida moderna, se torna uma terapia doente e falsa, sem acrescentar nada ao vazio dos instintos criativos do inconsciente.
      O futebol pode ser algo adorável! A arte da maestria dos pés com a bola, o boleiro com seu reflexo, o drible o doble e o desdobre, na inteligência das belas jogadas que encantam o mundo. No contraponto, contudo, o futebol é o novo ópio das massas. É o ópio contemporâneo do povo, mais apurado pela modernidade de nosso tempo, gerando a ilusão do prazer patético e trazendo a tona o fundamentalismo patológico da ignorância das massas.

      Neste patamar do século XXI, onde o ópio se torna a incandescente saída para a vida, a burguesia dá vazão ao seu grande fundamento ideológico, que se constitui de velhas instituições… Velhas sombras sustentando o capitalismo globalizado, cuspindo seu verbo maculado. Nele, a classe dominante, a burguesia, usufrui da exploração, aumentando seu capital, através do lucro incandescente, que nada mais é que o vírus doente da luta de classes.
      Isto nos leva a crer que na dinâmica do mundo há falta de metamorfose! Precisamos resgatar o pensamento do século XIX nas suas fontes revolucionárias, para que a esquerda renasça novamente com sua autenticidade clássica. O pensamento revolucionário “anarquista”, que é libertário, é o fundamento da verdadeira liberdade dos indivíduos. O pensamento revolucionário “socialista” quer que o universo, como um todo, atinja o prazer de toda a sociedade. O pensamento revolucionário “comunista”, que é a fraternidade, a solidariedade e a dignidade humana – é que criará a comunidade do “Humano! Animal Dialético-Metaphísico.”

      Nesta busca do sentido há a perpétua angústia, que a liberdade nos deixa como pulsão de vida. O humano civilizado de nossa modernidade, aquele que tem caráter, que respeita a ética, a beleza, assume a liberdade de ser um sonhador, para que um dia a arte, a ciência, a amizade e o amor – a mais nobre e fugaz das virtudes humanas – libertem o potencial consciente e inconsciente, dando vazão à suprema virtude da felicidade.
      A felicidade como: “Ternos violinos da chuva revolucionária!” O universo em transe, o pensamento, a música em processo dialético. Quero dizer a música terna com suas melodias. A transformação, a revolução abrindo caminho para o povo ser feliz. A criatividade dando vazão às profundezas do inconsciente, da individuação, da unidade do infinito cósmico, da psicanálise, da filosofia, da ação da busca saudável para a vida, abrindo caminho para a revolução harmônica…
      Quiçá o “Humano! Animal Dialético-Metaphísico” dite as metáforas da vida, assuma a tônica da evolução da espécie, o processo natural da vida, como marco de uma nova era, um novo mundo, um novo modo de pensar, um novo pensamento científico, que arrebate e desmoralize a imperadora religiosidade medieval inquisitória!

Ita Arnold

Revisado por Rosane Arostegui

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