Pra não perder o costume
Música: Ita Arnold
Letra: Sandro Dornelles
Rola no sangue
Não se zangue
Nosso samba é insistente
Impertinente vem pra não vacilar
Dente por dente frente a frente
É feito bala com bala.
Rola no sangue
Não se zangue
Nosso samba aceita o novo
O velho ovo é um estorvo e põe fé
Bom da cabeça não esqueça
Tá sadio no pé.
Sabe mexer
É democrata
Essa mulata desacata e faz sofrer
Nego rebola em sua patola
Chora que nem bebê.
Pra se soltar
Goró na língua
Tem que te ginga pra moringa não inchar
Ou é de samba
Ou perna bamba
Pode se preparar.
É feito onça
É de responsa
Não vem cutucar com o pau
Se o comprimento não der tempo babau
Cai no suigue ou cai no ringue
O estilingue é fatal
Judiaria queda descomunal
Pra você ver
É chuva ou toldo
Não tem engodo é real
Boca do mato ou teatro
A batida é igual.
Delicadeza e gentileza é aqui com nós
Pra malvadeza, malvadeza é após
Cidade baixa o samba na pedra do sal
Tá muito vivo só não tá no jornal.
Não tem enguiço
É compromisso
Ninguém vai ficar na mão
Se fizer frio vai ter verão
Se tiver fome a gente come põe mais água no feijão
Pra dor consolação
Mais um verso na canção.
Ficha Técnica
Violão e guitarras: Daniel Sá
Bateria: Marquinhos Fê
Baixo: Ricardo Baumgarten
Trompete: Jorginho do Trompete
Voz: Ita Arnold